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Ligia Scholze Borges Tomarchio nasceu em Maringá, Paraná, em 24/11/1955, mas sempre viveu em São Paulo. É casada e tem duas filhas lindas!
Começou a escrever na adolescência como muitos e foi colecionando seus textos. Não fez curso algum relacionado à literatura, tudo que sabe, aprendeu lendo e praticando.
Lígia se considera, com toda razão, uma auto didata.
Participou de algumas Oficinas Literárias em 1989/90, na "Casa Mário de Andrade", da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Todas coordenadas por escritores e poetas de renome. Foi amadurecendo literáriamente...
Sua formação é de nível superior, é formada na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, em Licenciatura em Educação Artística para 1º Grau e nunca lecionou.
Ela gosta mesmo é de escrever e com seu ingresso na Internet conseguiu se realizar como poeta. Publicou poesias em vários sites de amigos, recebeu muitos prêmios de outros sites e publicou alguns livros virtuais e impressos.
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Cofre de Luzes
Cofre de luzes
submersas
na densa escuridão.
Pensamentos resgatam
tremores antigos
surtos, espasmos.
Quase suspensos
os sons invadem
estreitos vãos,
frestas oprimidas.
Olhar luzes sonoras
por frestas segredadas
no cofre da saudade.
Mal dos tempos
menos atentos
ao som do imaginário,
no armário
o esconder da luz.
MOMENTO MUSICAL
Agora, a luz não ofusca seus olhos
abertos para vida outra
semblante sereno de face corada
sente o perfume da existência.
Doce sabor refresca sua alma
alada emoção que sorri
arco-íris envolvente percebe
a passos largos cobre distâncias.
Instante infinito horizonte breve
das notas musicais já conhecidas
liras dedilhadas existem sempre
surrealidade da razão
mora no cume da montanha
testemunha do seu lume.
Jaz sofrimento sob a terra abençoada
colhe as flores sem temor
amor se fez momento musical...
Sonho Perfumado
Da flor quando o perfume recordo
qual submarino vem à tona
lembranças de um jardim esquecido
onde momentos de amor passei.
Acordes celestiais de anjos a tocar
suas liras encantadas e mágicas
suaves melodias envolvem o ar
colorido de notas musicais.
Emoldurado pela memória do tempo
a visão é real e sentida
todos os poros do meu ser recebem
vibrações positivas, energias divinas.
Doces carícias na alma
versos declamados em sussurros
prazeres de enlevo, sublimes
tomam meu ser de paixão.
Jardim, flores, sons, cores, odores
aguçando todos meus sentidos
indicam o caminho a seguir
como luminosos de néon.
Não há mais ninguém
apenas a presença do meu “eu”
procurando naquele sonho
o caminho da felicidade...
Reluto em despertar, voltar...
A realidade não é feliz
as visões são de dor e injustiças
viver é uma aventura do saber.
Tristeza
Nas ondas do destino
entre brumas rubras
a tristeza sangra sua dor.
Envolvem recifes, rochas, areias
do imaginário oceânico.
Cala, recolhe, transborda...
Devolvendo os grãos da felicidade
aos miseráveis corações aflitos.
Céu que não reflete sua cor
no mar da existência
esconde o sol envergonhado
de tanta dor derramada.
Os pensamentos chovem devaneios
soluçando esperança de carinho
colo de menino carente de mãe.
Natureza revoltada, espuma veneno
não mata a tristeza
apenas a amortece suave.
Florestas inteiras de uma vida
repleta de anseios utópicos
perde a esperança no verde do corpo
empresta o breu da noite sem luar.
Alegria imoral para o ar
carregado de ideais sem direção
transforma-se em tornados mentais
desolando o deserto desorientado.
Astros sem pena arrebatam o céu
amedrontam o mar e a floresta
tornando-os invisíveis sonhos ruins.
A aurora boreal lamenta sua vida
deseja ser felicidade eterna.
Perene é o belo.
Permanente é o horror da dor.
Tristeza natureza restabeleça a ordem
deixe o fluxo da vida em seu caminho natural
não perturbe mais esse coração alado!
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